terça-feira, 17 de setembro de 2013

NÃO É SÓ R$1,90!

Meus amigos e minhas amigas, uma discussão recorrente no burburinho campolimpense é sobre a redução das passagens. Uns dizem que foi bom, outros que nem tanto.
O "Xis da Questão" está em saber o que pensam os verdadeiros beneficiados, mas, como é impossível conversar com os mais de vinte mil usuários, façamos alguns exercícios matemáticos.
Imaginemos um casal, que trabalhe de segunda a sexta-feira, e utilize duas passagens por dia cada um. No final do mês esse casal economizou cerca de R$96,80 com a redução do preço do ônibus. Se considerarmos que esse casal ganha cerca de R$1.500 mensais, essa economia representa quase 7% do ganho mensal deles, ou uma cesta básica de boa qualidade, ou mesmo a mensalidade de um convênio médico para os filhos, ou quatro entradas para o cinema, ou simplesmente, um dinheirinho que porá carne no prato de todos por alguns dias. 
Imaginemos agora um empresário, com cerca de cem funcionários. Esse empresário economizará cerca de R$220 por dia, ou cerca de R$4.840 por mês. Essa economia pode representar melhores reajustes salariais, melhores condições de trabalho, mais investimentos no negócio ou mesmo opções de lazer para os funcionários.
O importante numa conquista como a redução da tarifa de ônibus para R$1,90, não é apenas o cumprimento de um compromisso de campanha, vai muito além disso.
Os efeitos duplicadores disso são inúmeros, pois junto com economia de custos que já se contava como certo e essencial, se refletem, de forma substancial, em toda a economia de uma cidade, fazendo circular no comércio, nos serviços e pequenas indústrias, um montante financeiro que antes ia direto aos cofres de uma única empresa. 
Se considerarmos que mais de vinte mil pessoas utilizam o transporte público diariamente, esse montante que volta para a economia da cidade pode chegar a mais de R$1.320.000 por mês. Será que isso é pouco?

O mais intrigante nas palavras daqueles que sempre vem o "copo meio vazio", é que, mesmo não utilizando cotidianamente o ônibus na cidade, insistem em dizer a esses milhares de campolimpenses beneficiados por essa redução, que isso só traz prejuízos à cidade. Além disso, criam teorias conspiratórias do governo contra o povo, mesmo sabendo que "joio não é trigo" insistem em por tudo no mesmo balaio imaginário de denúncias sem provas, golpes e supostas superfaturas, tão tangíveis quanto seus sonhos de poder. 

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