Meus amigos e minhas amigas,
assim como por todo o país, Campo Limpo Paulista vem sofrendo com a greve dos
trabalhadores do transporte público.
Independentemente de serem justas
ou não as reivindicações da categoria, quem mais sofre com isso é a população. É
o povo que paga por essa luta de classe inoportuna.
O povo paga pela ganância dos
empresários que se recusam a reduzir seus lucros absurdos e melhorar os
salários dos trabalhadores. O povo paga pelo oportunismo dos trabalhadores que
viram na exposição do país da copa uma brecha para fazer reivindicações muitas
vezes acima da razoabilidade. E o povo pagará mesmo com o final da greve com o
péssimo serviço prestado pela empresa concessionária.
Mas, o grande x dessa questão é,
de quem é a culpa?
A culpa é de quem firmou um acordo
esdrúxulo (para não dizer suspeitíssimo) que, em troca da construção de um
terminal meia-boca, deixou nossa cidade à mercê de uma única empresa de
transporte público, tornou a atual concessionária a única autorizada a operar e
submeteu todos nós às vontades de seus proprietários.
A consequência disso foi que os
governos que se seguirem estarão de “mãos amarradas”, pois o acordo garante a
perpetuação da atividade dessa empresa conchavada com os doutores por incríveis
trinta anos. Ou seja, como não há possibilidade de concorrência a empresa faz o
que bem entender. Péssimo serviço, valor de passagem absurdo e desvalorização
de seus funcionários. Tudo isso em nome de mais e mais lucro a seus sócios e
acionistas conhecidos ou não.
A atual administração vem fazendo
o que pode para acabar com isso. Aplicou multas milionárias à empresa por maus
serviços prestados, lutou e conseguiu baixar o valor da passagem na cidade tornando-a
uma das mais baratas do estado e vem estudando formas para poder rever esse
contrato surreal assinado pelas administrações anteriores.
Ainda caberá a todos nós o ônus
desse acordo absurdo assinado por gente que foi expulsa da cidade pelas urnas e
não deixou saudades, só deixou algumas viúvas que insistem em cacarejar
asneiras como se culpa não lhe coubesse. Ah, tá!
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